segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Versão "Josi Antonieta"

Josimara Neves

Olá, gente!

Muitas pessoas quando me ouvem falando sobre mim ou mesmo quando olham as minhas fotos podem pensar que  sou narcisa ou que “eu me acho!”
Têm as que pensam que eu quero “aparecer” porque tenho gostos ousados e extravagantes de vestir e de me produzir.
Têm as que me julgam pelas aparências sem tentar conhecer a minha essência.
Têm as que imaginam que eu seja
“TO-MA-LA-DA-CÁ”
ou o
“Ô” do “BO-RO-G0-DÓ”.
Têm as que tentam me rotular...
Têm as que não gostam de mim de cara!
Têm as que se identificam logo no começo!
Têm as que olham pra mim e me acham “cocozete!”
Tem olhares, expressões e visões variadas acerca de mim!  E quer saber o que eu penso sobre isso?
Penso que todas têm o direito de expressar o que bem entenderem a meu respeito.
Se forem coisas boas, ótimo!
Se não for, lamento!
Se eu agrado, beleza!
Se não, fazer o quê?
Se eu pareço X para uma pessoa e Y para outra não me importo, pois sei que cada uma tem um ponto de vista pessoal, o que me fortalece ainda mais na certeza de que  não preciso ser diferente com ninguém para ser aceita! Não vim ao mundo para agradar nem satisfazer caprichos de pessoas mal resolvidas! Não “choco” de propósito! Não forço a minha natureza, muito pelo contrário, sigo o meu fluxo natural e só me sinto mal quando impedida de manifestar quem eu verdadeiramente sou.
Demorei muito tempo na vida para sair do casulo para agora ter medo de voar! Foram anos de labuta interior: cultivando a solidão, escrevendo em silêncio, chorando na calada da noite, exercitando à duras penas o autoconhecimento! Sim! Duras penas, pois quem foi que disse que é fácil olhar pra dentro?
Sair de dentro da Caverna de Platão é um ato de coragem!
Se hoje eu consigo mostrar-me multifacetada:
 “Josi da Moita”;
“Josi Steele”;
“Josi Antonieta”
é porque eu tive que me desfazer em pedacinhos para que pudesse construir-me novamente!
E foi assim que, de uma menina insegura, complexada e melancólica que não gostava de aparecer em fotografias (rasguei quase todas as escassas que eu tinha da adolescência, já outras eu rabisquei o meu rosto e as pouquíssimas que sobraram revelam o meu olhar triste que denunciava como eu me sentia por dentro) que eu passei a assumir as rédeas da minha vida!
Aparecer nas fotos foi a forma que encontrei de tornar-me visível para mim mesma, de olhar-me de frente e para frente! E sorrir foi a escolha que fiz de ressignificar a minha existência arrancando os espinhos que me feriam por dentro!
E assim, ao invés de ser a todo instante um “cacto” optei pelas flores no cabelo que, metaforicamente, simbolizam a rosa para mim: mesmo com espinhos possui beleza, encantamento e perfume! Espinhos todos nós temos, afinal de contas, quem nunca se feriu? Quem nunca sofreu? Quem nunca perdeu? Quem nunca se frustrou?
Comigo não seria diferente!!! O que me difere é que eu sofro, desiludo, choro descabelo, escrevo e depois conto as minhas histórias transformando-as em comédias! Assim, vou eliminando os espinhos cravados no peito. Fico  mais leve para seguir a vida sorrindo, brincando, escrevendo, falando, tirando fotos e registrando as minhas várias facetas de ser! Gosto disso em mim! Sou feliz assim e se eu tivesse uma poção mágica daria um pouquinho dela para todas as pessoas de “mal” com a vida para que pudessem se transformar interiormente e, consequentemente, fazer as pazes consigo mesmas!

 

 Hoje eu estou numa versão “Josi Antonieta” para fazer a minha homenagem à Maria Antonieta. A rainha mudava constantemente sua aparência, ia dos penteados extravagantes aos rústicos camisetes que usava em seu retiro particular, passando pelas andróginas silhuetas masculinas de montaria. Ela se reinventava constantemente, uma maneira de manter o público curioso sobre sua próxima faceta. Acendeu os debates nacionais sobre a sexualidade feminina.
Dedico à rainha Maria Antonieta a minha admiração pela coragem de ousar ser diferente, mesmo quando o contexto tentava-lhe arrancar as “asas!” Em 1793 ela “usou branco para ir à guilhotina intencionalmente, pois era uma forma de se declarar, de maneira corajosa, como mártir e leal guardiã da monarquia. Com sua roupa, ela dizia aos revolucionários que eles haviam tomado a coroa, mas jamais quebrariam seu espírito.”



Uma salva de palmas para ela! (Oh!)


5 comentários:

  1. Lindo...sem comentário...palmas, palmas, palmas.
    arrasou...Acredito que a única pessoas que pode dizer quem é a verdadeira Josimara...é a mamãe vc será sempre um mistério com vários personagens...rsrsr

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    1. Obrigada pela participação, Laudicéia! !Que bom que gostou!!!
      De fato, embora eu me exponha bastante, tudo isso é pouco perto dos mistérios que guardo comigo! rs

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  2. Muito bem, Josie! Liberdade de pensamento e de expressão sempre.

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    1. É isso aí, Alexandre!!!
      Uma bandeira erguida pela liberdade de se expressar e tornar-se livre!!!
      Obrigada pela participação!
      Seja muito bem-vindo!!!
      Bjim

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  3. VoCê representou muito bem a Maria Antonieta, é estilosa e me parece que tem personalidade marcante tb!

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