domingo, 17 de novembro de 2013

O passado que passou...




O passado que passou...
Josimara Neves
Google imagens
É difícil revisitar o passado na tentativa de se encontrar e perceber que nele já não há mais espaço, pouca coisa merece ser cultivada ou mesmo, relembrada. É inútil querer parar o tempo ou mesmo, impedir que as pessoas e as coisas mudem. Não sei se isso acontece porque por um bom tempo o passado sempre se fez presente ou se porque tudo o que tenho agora é um futuro presente. Pensar no futuro enche o meu coração de esperança, de otimismo, de alegria, é como se o inesperado (tão esperado) fosse acontecer de uma forma tão única e singular que valeria à pena ter vivido um plural de problemas, de dificuldades, de empecilhos e vicissitudes!
Sou aquela que corre não contra o tempo, mas com o tempo! Tenho pressa do amanhã, espero poder abraçar a minha projeção, dançar com os meus sonhos, bailar na minha fantasia, debruçar-me na esperança e devorar toda forma  de conhecimento que me faça sentir íntegra nos fragmentos de minh’alma!
Anseio em sentir os poros de minha pele revestidos de magnetismo e de poesia...
Almejo desbravar o meu universo interior para nunca mais temer a minha  sombra...
Idealizo olhar-me no espelho e enxergar tudo aquilo em que eu me preparei para ser...
Sonho em tocar o que era intocável por parecer irreal...
Desejo possibilitar o impossível, improvisar diante do previsível...
Quero poder - um dia – sentir que sou um corpo e não apenas, alma! E, quem sabe, quando este dia chegar eu seja apenas UMA!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Encontros ou (Re)encontros?


A arte do encontro
Josimara Neves

Fonte: Google imagens


E no meio de tantos desencontros, aqueles que se encontram podem se considerar felizes:
 Pela reciprocidade...
 Pela cumplicidade...
Pelo aconchego...
Pela mão amiga e pelo  ombro acolhedor...
Pela amizade ...
Pelas trocas de olhares e beijos trocados...
Eu nunca sei quando um encontro é um encontro ou, na verdade, (re)encontro. Tenho a impressão de que aquela pessoa que a gente olha pela primeira vez e gosta logo de cara é alguém que já existia dentro da gente ou em algum lugar do passado. Às vezes eu acho que afinidade é uma forma de reconhecimento, um déjà vu diferente, uma sensação de ser íntimo na mesma intensidade com que se sente próximo, de estar próximo e se sentir “dentro”. É como se aquele encontro fosse o começo de algo que já  tinha começado, o início de um sentimento que já existia, de um desejo que já se manifestava, de um sonho que já era real.
A percepção que  tenho  é de que o que acontece fora de nós, de alguma forma, não passa de uma extensão do que jaz em nosso íntimo... Sinto que a  rosa que desabrocha aos meus olhos já tinha sido semeada no meu jardim interior.

Não sei ao certo se a afinidade é construída, mas eu tenho a impressão de que o amor já vem pronto: basta encontrar, olhar , depositar, regar e se entregar! Acho que é esta a função do encontro: deixar que o amor venha à tona!


Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser.