terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Hoje  recebi esse texto de um amigo e como me tocou intimamente eu gostaria de compartilhar com vocês para que se sintam tocados também!!!



Há de se cuidar da amizade e do amor


A amizade e o amor constituem as relações maiores e mais realizadores que o ser humano, homem e mulher, pode  experimentar e desfrutar. Mesmo o místico mais ardente só consegue uma fusão com a divindade através do caminho do amor. No dizer de São João da Cruz, trata-se da experiência da “a amada(a alma) no Amado transformada”.

Há vasta literatura sobre estas duas experiências de base. Aqui restringimo-nos ao mínimo. A amizade é aquela relação que nasce de uma ignota afinidade, de uma simpatia de todo inexplicável, de uma proximidade afetuosa para com a outra pessoa. Entre os amigos e amigas se cria uma como que comunidade de destino. A amizade vive do desinteresse, da confiança e da lealdade. A amizade possui raízes tão profundas que, mesmo passados muitos anos, ao reencontrarem-se os amigos e amigas, os tempos se anulam e se reatam os laços e até  se recordam da última conversa havida há muito tempo.

Cuidar da amizade é preocupar-se com a vida, as penas e as alegrias do amigo e da amiga. É oferecer-lhe um ombro quando a vulnerabilidade o visita e o desconsolo lhe oculta as estrelas-guias. É no sofrimento e no fracasso existencial, profissional ou amoroso que se comprovam os verdadeiros amigos e amigas. Eles são como uma torre fortíssima que defende  o frágil castelo de nossas vidas peregrinas.
A relação mais profunda é a experiência do amor. Ela  traz as mais felizes realizações ou as mais dolorosas frustrações. Nada é mais misterioso do que o amor. Ele vive do encontro entre duas pessoas que um dia cruzarem seus caminhos, se descobriram no olhar e na presença e viram nascer um sentimento de enamoramento, de atração, de vontade de estar junto até resolverem fundir as vidas, unir os destinos, compartir as fragilidades e as benquerenças da vida. Nada é comparável à felicidade de amar e de ser amado.  E nada  há de mais desalodor, nas palavras do poeta Ferreira Gullar, do que não poder dar amor a quem se ama.
Todos esses  valores, por serem os mais preciosos, são também os mais frágeis  porque  mais expostos às contradições da humana existência.
Cada qual é portador de luz e de sombras, de histórias familiares e pessoais diferentes, cujas raízes alcançam arquétipos ancestrais, marcados por experiêncis bem sucedidas ou trágicas que deixaram marcas na memória genética de cada um.
O amor é uma arte combinatória de todos estes fatores, feita com sutileza que demanda capacidade de compreensão, de renúncia, de paciência e de perdão e, ao mesmo tempo, comporta o desfrute  comum do encontro amoroso, da intimidade sexual, da entrega confiante de um ao outro. A experiência do amor serviu de base para entendermos a natureza de Deus: Ele é amor essencial e incondicional.
Mas o amor sozinho não  basta. Por isso São Paulo em seu famoso hino ao amor, elenca os acólitos do amor sem os quais ele não consegue subsistir e irradiar. O amor tem que ser paciente, benigno, não ser ciumento, nem gabar-se, nem ensoberbecer-se, não procurar seus interesses, não se ressentir do mal…o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta…o amor nunca se acaba(1Cor 13, 4-7). Cuidar destes acompanhates do amor é fornecer o húmus necessário para que o amor seja sempre vivo e não morra pela indiferença. O que se opõe ao amor não é o ódio mas a indiferença.
Quanto mais alguém é capaz de uma entrega total, maior e mais forte é o amor. Tal entrega supõe extrema coragem, uma experiência de morte pois não retém nada para si e mergulha totalmente no outro. O homem possui especial dificuldade para esta atitude extrema, talvez pela herança de machismo, patriarcalismo e racionalismo de séculos que carrega dentro de si e que lhe  limita a capacidade desta  confiança extrema.
A mulher é mais radical: vai até o extremo da entrega no amor, sem resto e sem retenção. Por isso seu amor é mais pleno e realizador e, quando se frustra, a vida revela contornos de tragédia e de um vazio abissal.
O segredo maior para cuidar do amor reside no singelo cuidado da ternura.  A ternura vive de gentileza, de pequenos gestos que revelam o carinho, de sacramentos tangíveis, como recolher uma concha na praia e levá-la à pessoa amada e dizer-lhe que, naquele momento, pensou carinhosamente nela.
Tais “banalidades” tem um peso maior que a mais preciosa jóia. Assim como uma estrela não brilha sem uma atmosfera ao seu redor, da mesma forma, o amor não vive  sem um aura de enternecimento, de afeto e de cuidado.
Amor e cuidado formam um casal inseparável. Se houver um divórcio entre eles, ou um ou outro morre de solidão. O amor e o  cuidado constituem uma arte. Tudo o que cuidamos também amamos. E tudo o que amamos também cuidamos.
Tudo o que vive tem que ser alimentado e sustentado. O mesmo  vale para o amor e para o cuidado. O amor e  o cuidado se alimentam da afetuosa preocupação de um para com o outro. A dor e a alegria de um é a alegria e a dor do outro.
Para fortalecer a fragilidade natural do amor precisamos de Alguém maior, suave e amoroso, a quem sempre podemos invocar. Daí a importância dos que se amam, de reservarem algum tempo de abertura e de comunhão com esse Maior, cuja natureza é de amor, aquele amor, que segundo Dante Alignieri da Divina Comédia “move o céu e as outras estrelas”  e nós acrescentamos: que comove os nossos corações.

Leonardo Boff é autor de  O Cuidado necessário, Vozes 2012.




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014




Quanto vale um sorriso?
Josimara Neves

Talvez você não saiba até perder o entusiasmo pela vida. Sorrir parece apenas mais um daqueles verbos que só de falar, a boca se abre de alegria como se  ao pronunciar  a palavra “sorriso” o cérebro automaticamente enviasse um comando para mente ordenando-a que sorrisse. Sorrir é fácil para quem reconhece que a vida, apesar de todos os pesares, é maravilhosa e vale a pena ser vivida, exaurida, esgotada em todas as suas possibilidades!
Sorrir é fácil para quem sabe passar pela dor sem desistir de lutar...
Sorrir é fácil para quem tem esperança de que o amanhã será melhor do que o hoje.
Sorrir é fácil para quem aprendeu a sorrir...
É fácil para quem tem motivos para sorrir...
É fácil para quem é despreocupado...
É fácil para quem tem como arma o sorriso...
É fácil para quem não quer dificultar a vida!
É fácil para quem ama... Para quem sabe perdoar... Para quem nasceu para doar!!!
É fácil para quem não pega a cruz do outro para carregar, sabendo o quanto consegue suportar!
É fácil para quem tem fé! Para quem acredita em alguma coisa além do aqui e agora, quem crê em alguma Energia Superior, no Ser Supremo! Enfim, para quem pensa que existe um propósito maior em estar aqui!
É fácil para quem reconhece que estamos aqui de passagem e que tudo deve ser valorizado!
É fácil sorrir quando se é criança e não entende de política, economia, sociedade, moda, etc...
Fácil é para alguns, mas para outros...
É difícil sorrir diante da dor...
É difícil por causa do calor, do frio, da chuva...
É difícil porque tem que acordar cedo!!!
É difícil porque não sente alegria em viver...
É difícil porque parece que tudo dá certo para os outros e para ele não.
É difícil porque tudo se tornou “peso”, “fardo”, “cruz”, “espinho”, “pedras”.
As pessoas que perdem o “tesão” pela vida acabam transformando-a num “estupro”. Tudo se torna forçado, elas fazem por fazer, sentem que é obrigação! E, com isso, os dias se tornam iguais, as imagens são vistas em preto e branco, as nuvens passam a ser cinzentas, os dias passam a ser noites e as noites, um pesadelo que não acaba! Não há sol, nem luz, nem calor! Ao invés disso, existe um céu escuro e sem estrelas... Não  há paisagens, nem belezas naturais, nem encantamento, nem magia, nem alegria!
Pessoas assim acham difícil sorrir! Esquecem-se de que a alegria é a poção mágica que dá o colorido à vida... Contaminam o ambiente com negativismo, são “carregadas” energeticamente falando. Para essas pessoas, em sinal de compaixão, não resta outra alternativa a não ser: sorrir para ela! Afinal, o sorriso verdadeiro e bem-intencionado, é uma expressão do amor!
A todos que reconhecem a importância do sorriso, ofereço a minha gargalhada no tom mais alto que ela conseguir atingir.
Àqueles que se incomodam com a alegria alheia, os meus votos de que voltem a sorrir.
Aos que me acompanham na risada, vocês são sempre bem-vindos!
Aos que querem sorrir, mas sentem vergonha, eu desejo que quebrem paradigmas, ousem “chocar” e libertem a sua alma para ser feliz!
Às pessoas  que sofrem sorrindo, os meus parabéns e a minha admiração!
Aos sorrisos falsos, peço-lhes: “__ Mantenham –se distantes de mim!”
Às crianças que sorriem com vontade, permitam-me acompanhá-las! Kkkkkk
Aos meus leitores, um sorriso de gratidão por estarem lendo este texto sendo que poderiam estar dando uma risada com os amigos! rsrs





domingo, 2 de fevereiro de 2014




Aprendendo a romper com o passado...
Josimara Neves



Do passado, só o que for bom permanecerá. Faça um exercício mental de deixar para trás tudo aquilo que já foi vivido e que deixou alguma marca de dor, um resquício de mágoa, uma gotinha de raiva, uma lembrança de sofrimento, uma recordação de tragédia, uma âncora negativa! 
Se lhe feriram ontem, perdoe hoje para ser feliz amanhã.
Se não lhes deram o que gostaria, entenda: cada um dá o que pode dar, o que consegue dar, o que aprendeu a dar, o que sabe dar! Muitas vezes, exigimos dos outros mais do que eles podem nos dar e nos esquecemos de reconhecer as limitações de cada um.
Evite cobranças alheias que – no fundo- acabam sendo desculpas para deixar de viver a realidade na sua magnitude.
Aceite as pessoas como elas são: os nossos pais por mais que sejam, simbolicamente, os nossos heróis, eles também erram, têm dor, sofrimento, angústia, traumas! Os filhos também são assim, afinal, errar, ter defeitos,nos magoar, não corresponder às expectativas não são condições características de alguns poucos, muito pelo contrário, faz parte da espécie humana.
Aprenda a exorcizar pensamentos-fantasmas que se alimentam de sentimentos malresolvidos, de energias negativas, de palavras ruminantes, de emoções conturbadas, de palavras mesquinhas, de atitudes sem propósito.
Ao invés de reclamar, adquira o hábito de agradecer.
Ao invés de ver os pontos negativos, ressalte os positivos.
Ao invés de supervalorizar os erros, elogie os acertos.
Ao invés de parar no tempo, avance na cronologia da alma.
Ao invés de se culpar ou culpar os outros, assuma a responsabilidade e diga:

“___ Eu errei por fraqueza, por desconhecimento, por ignorância, por imaturidade, por bobeira! Liberte-me, Senhor, dessa culpa que me condena a uma existência amargurada. Dê-me ferramentas para aprimorar as minhas virtudes, aprender com os meus erros e viver uma vida livre e leve!”
Liberte-se e liberte quem lhe aprisionou a um passado que invade o presente. Fale mentalmente ou em voz alta num momento de meditação:

“___ Quero seguir a minha vida: evoluir, crescer e ser feliz! Sinto que preciso romper com as sombras do passado, sendo assim, eu deixo para trás tudo aquilo que me impede de ir além. Quero que fique (FALAR NOME DE QUEM O/A MANTÉM PRESO AO PASSADO) onde está. Não posso mais responsabilizá-lo/a por tudo de ruim que acontece na minha vida. Desejo que siga o seu destino, que percorra o caminho do bem, pois, a partir de agora, é isso o que vou fazer!!

E, por fim, agradeça:
“___ Eu agradeço a você ____________________, por ter me ensinado a reconhecer que também tenho a responsabilidade diante do que aconteceu. Foram os erros que me permitiram ver o que eu não via, sentir o que eu não sentia e buscar ajuda para melhorar! Obrigada por isso!”
E, depois de ter feito essa mentalização, sinta-se em paz consigo mesmo! Não há nada que pague a sensação de consciência livre e coração aberto para novas emoções, novas pessoas, novas vivências!!!

OBS: gostaria de aproveitar esse momento de gratidão para agradecer por você estar lendo esse texto!!