terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

 Odiodependência-  quando o dilema é: morrer de ódio ou matar por ódio?




Autoria: Josimara Neves

Quanto menor é o coração, mais ódio carrega. (Victor Hugo)

Hoje eu quero falar sobre um sentimento que faz com que muitas pessoas se tornem “amargas” e de mal com a vida: o ódio! É uma mistura de: desamor, raiva, inveja, sentimentos destrutivos como inveja, rancor, além de ressentimentos e de perseguição por tudo o que é negativo. Pessoas que odeiam, comumente, têm dificuldade de perdoar: a si e aos outros. Costumam ser “ruminantes” no sentido de que voltam ao passado visitando apenas os calabouços onde se alojam os traumas de sua vida. Não conseguem ver o mundo com uma tela colorida, ao invés disso, sempre visualizam a nuvem negra, as tempestades, os infortúnios, as desgraças, as tragédias etc. São sempre aquelas que torcem para dar errado para poder falar: “___ Tá, vendo! Eu não falei!”
Sentem prazer em ver as pessoas se dando mal para não sentir que são as únicas que sofrem e que têm a vida amargurada. Mal sabem elas que o ódio faz mais mal a quem o sente do que a quem é direcionado. Pessoas “odiosas” boicotam o prazer de viver, perseguem ideias autodestrutivas e muitas vezes de vingança, restando-lhes doenças, tragédias, além de envolvimento com a justiça uma vez que há aqueles que matam, roubam e cometem crimes de diversas naturezas movidos pela cegueira do ódio.
“Assim como a droga, o ódio também vicia, causa a dependência psicológica que é caracterizada por um estado mental da necessidade de ressentir sensações de decepção.” (Por Fernando Vieira Filho/Da divulgação Barany Editora)
Sendo assim, o tratamento é de suma importância para que o “viciado” consiga enfrentar a si mesmo e reconhecer as origens do seu problema. A convivência com pessoas assim é “pesada” e “nebulosa.”
Portanto, deixo aqui algumas dicas:
1.      Viver não é fácil pra ninguém, encontramos pessoas boas e más. Cabe a cada um de nós filtrar o que nos interessa e descartar o irrelevante.
2.      Saber lidar com as emoções é essencial para se viver bem. Uma raiva mal curada se torna ódio crônico quando os sentimentos negativos ocupam o lugar dos positivos.
3.      Frustrações fazem parte da vida. Você não sabe lidar com isso? Ninguém sabe até que se disponha a aprender! Então, permita-se aprender!
4.      Alguém lhe causou sofrimento? Lamentável! Mas o sofrimento que você criou em cima do sofrimento que lhe foi causado é responsabilidade sua: ou você resolve ser o vilão/a vilã da história ou será sempre o coitadinho/ a coitadinha.
5.      Certa pessoa fez com que se sentisse abaixo de zero ou como se não fosse nada? Horrível isso, não! Mais horrível ainda é você se colocar na condição que ela tentou lhe induzir a ficar.
6.      Ah, o seu caso é que foi humilhado/a? Entendi! Não tente fazer o mesmo ou dar o troco, ao invés disso mostre que o que foi dito a seu respeito não é o que você pensa sobre si mesmo/a!
7.      Levou um pé na bunda e está “morrendo de raiva?” Compreendo! Deixe a raiva passar, evite agir nesse momento. Após a poeira se abaixar, comece a refletir e escolha o momento certo para poder (re)agir.
8.      Foi injustiçado? Péssimo isso, não? Mas lembre-se de uma coisa: o peso da balança dos homens é diferente da de Deus! Não se torne injusto para poder se sentir em situação de igualdade, pois quando adotamos comportamentos incondizentes com os nossos valores, no fundo, nos rebaixamos e ferimos a nós mesmos.
9.      Traição? Hum...Indigesta!Não tente fazer o mesmo! Acredite: até para trair tem que se ter “vocação.” Se não for o seu caso, o sofrimento pode vir a ficar em dobro.
10.  Desamor? É horrível não se sentir amado/a, perceber a indiferença, além dos sentimentos de rejeição e de abandono, porém, pior do que isso é quando  falta o mais importante: “amor a si mesmo/a.”

                  E, por fim, nunca se esqueça: uma vida com ódio é um jardim lotado de ervas daninhas.
 “Tudo o que é humano não me é desconhecido”, ou seja, tudo o que é possível sentir todos nós sentimos em maiores ou menores proporções. Há momentos em que o ódio que define o que sentimos, isso é uma emoção humana. O que não é saudável é quando esse sentimento passa a se tornar o “ar” que a pessoa respira, compreendem?

Como disse o escritor irlandês Joseph Murphy (1898-1981), “A personalidade odiosa, frustrada, distorcida e deformada está fora de sintonia com o Universo. Inveja os que têm paz, são felizes, generosos e alegres. Geralmente critica, condena e difama aqueles que lhe demonstraram generosidade, bondade e compaixão. Assume a seguinte atitude: ‘Por que ele deve ser tão feliz se eu sou tão desgraçado?’ Deseja atrair a todos para o seu próprio padrão de vida. O seu infortúnio necessita companhia.”

 Veja mais sobre odiodependência aqui: Você é viciado em ódio?

A imagem foi retirada daqui: http://blogmanhoso07.blogspot.com.br


6 comentários:

  1. ótimo, eu diria perfeito, me vi em muitas palavras desse texto, eu apenas não fico feliz quando alguém se da mal, mais o resto sou eu mesma, triste.....

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  2. O importante é reconhecer o que precisa ser melhorado e ver o que a impede de melhorar. Só o fato de não ficar feliz com a desgraça alheia já mostra que o seu coração não é tão duro quanto possa pensar. Não deixe que a escuridão do ódio a cegue ofuscando a beleza que só se encontra diante da luz!!!
    Eu acredito em você!!! Permita-se desprender de sentimentos negativos e dê a você a chance de ser feliz!!
    Bjim

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  3. Oi Josi, de novo: amei seu texto...Concordo: guardar ódio é o mesmo que colecionar dinheiro sem valor....não servirá para nada...Me lembrei do filme " A insustentável leveza do ser" ao ler seu texto....a vida pede leveza, desejo de perdão ao outro e a si mesmo....obrigada pela socialização dessas ideias demais...( não sei como inserir no perfil meu nome, mas me identifico)depois posso passar meu e-mail para conversarmos.( Cristiane A.F.Campos)

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  4. Olá, Cristiane! Seja muito bem-vinda! Estou feliz pela sua participação! De fato, é chatinho colocar a identificação aqui no blog, mas se você tiver uma conta no Google com o seu e-mail ou perfil do Face é possível se identificar, mas não se preocupe com isso, já que se identificou com o nome assim eu posso personalizar a nossa conversa tornando-a mais pessoal.rs
    Não assisti ao filme, já anotei o nome porque quero assisti-lo, deve ser muito bom!!!
    Ao ver o nome do filme, lembrei-me do livro: "A arte de ser leve" de Leila Ferreira. Também é uma boa indicação caso também esteja na busca para tornar-se "leve."
    Obrigada pela participação que será sempre bem-vinda!
    Muita luz e paz no seu coração!
    Bjim, Josi!

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  5. Muito bom o seu texto Josimara Neves. Realmente o ódio é um drama na vida do Ser Humano. O amor quando se decepciona, machuca, fere e, vira um dejeto que deve ser "evacuado" através do perdão. A odiodependente o retém e intoxica sua alma. Abraços e muita Paz. Fernando.http://harmonize-se-com-florais-de-bach.blogspot.com.br/

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