domingo, 20 de janeiro de 2013

Hoje eu acordei livre!


Sonhei que dormia numa cama enfarpada
Meu corpo sofria a dor da ferida estancada!
Numa cama gélida e insossa
Com lençol leve e sem toque
Que cobria um corpo estático e quase sem vida!


Sentia-me presa em grilhões
Num quarto como um porão escuro
Um lugar labiríntico
Um grande muro!

Enquanto eu dormia
Algo sonhava fora de mim
Parecia tão distante:
Um horizonte sem fim!


Algemas de uma alma aprisionada
Num corpo que aspirava a liberdade..
Uma menina fascinada
Pelo desejo de liberdade
Uma mulher frustrada
Com as lacunas da realidade
Uma anciã esquecida, de aparência envelhecida
Sentindo-se prisioneira da idade!

Tudo estranho, confuso e a lembrança do cativeiro
Oculto por trás de uma psique vislumbrante
Habitava um hospedeiro
De um corpo parasita

Fui soltando-me lentamente
Senti-me estranha, diferente!
Parecia que a lagarta aprisionada
Tinha descoberto o segredo da vida
Assim o fez desesperada:
Rompeu-se com o casulo
Pulou-se de cima do muro
E voou como se sempre fosse borboleta..

Foi-se o sonho interrompido
Acordei livre, leve, solta: sem  amarras!
Mas com o enorme desejo de voar sobre o mundo!
Autoria: Josimara Neves


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