domingo, 31 de março de 2013

Quando a vida pede um time!


“Por que é que os corações não são iguais?”
Josimara Neves


"Não são as nossas habilidades que revelam quem verdadeiramente somos. São as nossas escolhas.!" (Do filme Harry Potter)



Sou o tipo de mulher que enche a cara de água, se empanturra de poesia e de palavras doces, chora ouvindo música, ri até chorar de coisas bobas e ridículas, adora fazer de momentos formais uma oportunidade de quebrar o clima de seriedade.
Sou o tipo de mulher que fala o que pensa e deixa as pessoas com os olhos arregalados de espanto...
Sou o tipo de mulher que se tiver que escolher entre a companhia de qualquer homem e a minha solidão criativa, eu fico com a segunda.
Sou o tipo de mulher insatisfeita com aquilo que eu sei que posso ser melhor ou mesmo, ter mais. Por isso, não permito que me desvalorizem. Cheguei à fase do “agora ou nunca:” ou eu rompo agora com o que me afeta ou nunca conseguirei me impor.
Sou o tipo de mulher que não precisa de confete pra viver porque sei que a vida não é feita só de glamour ou só de alegria!
Sou o tipo de mulher que nem todos os homens gostam, muitas mulheres detestam e várias pessoas se incomodam com a minha presença devido à espontaneidade e à autenticidade peculiares a mim.
Sou o tipo de mulher que muitos olham, vários enxergam, mas poucos me vêem de fato. Preferiria ser vista por dentro a ser olhada por fora. Gostaria de conviver com pessoas que se preocupassem mais com sentimentos, valores, ideologias do que com bunda, peito e o corpo em si. Adoraria falar uma língua universal na qual houvesse comunicação, mas sinto que mesmo falando a mesma língua, a maioria das pessoas não fala àquela que eu desejaria conversar! É tanta superficialidade para todos os lados que qualquer coisa que eu diga, por mais que seja uma gota d’água, soa como o oceano tamanha a distância que me separa do mundo de muitas pessoas que não fazem outra coisa a não ser: boiar na superfície.
Sou o tipo de mulher que tem fôlego para mergulhos intensos e profundos, mas não tenho saco para suportar coisas que eu julgo pequenas demais para merecer a minha atenção.
Quando era pequena, não entendia nada do mundo, mas busquei compreendê-lo. Comecei precocemente a minha viagem... E, desde então, não parei mais. Aprendi muito, vi muitas coisas as quais eu jamais poderei me esquecer...Foi tudo muito bom, mas  eu me cansei um pouco, não de viajar, mas de não ter encontrado companheiros de viagem dispostos a colocar em suas bagagens coisas pequenas que fazem a diferença. Momentos simbólicos: um sorriso, um abraço, um bilhete, um torpedo escrito quando se estava com saudade... Sinto falta de pessoas mais fortes para amar... Pessoas que arrisquem sem medo do que virá... Pessoas que joguem as cartas da manga fora e queiram, verdadeiramente, se entregar! Sinto falta de gente inteira: vejo frações de pessoas, fragmentos de indivíduos e pedaços de seres humanos que não conseguiram se recompor depois de feridos. Queria encontrar pessoas inteiras, mesmo que estivessem completamente coladas. Mesmo que fossem uma decoupage em pessoa...Mesmo que fossem um cristal rejuntado, um mosaico com pecinhas aglomeradas...Não me importaria estar ao lado de pessoas cheias de cicatrizes, de arranhões, de marcas e de feridas oriundas dos golpes da vida desde que elas, ainda assim, estivessem inteiras. Cansei de gente que ama pela metade, que se entrega apenas um terço, que é verdadeira apenas 25%. Cansei de gente que blefa 100% do tempo... Enjoei-me de pessoas que se ferem mais do que as próprias feridas já existentes e fazem da vida um mar de lágrimas.
Sei que para elas não é fácil lidar com os sofrimentos, mas para mim também não é fácil conviver com quem contagia o ambiente com negativismo e com profecias de catástrofes.
Como eu ia falando, eu não ou o tipo de mulher perfeita, nem santa e muito menos sem defeitos, muito pelo contrário, eu os tenho em penca, mas mesmo assim, luto ardentemente para mudar. Tento evoluir! Sequei as lágrimas do passado, derramo as de hoje com a certeza de que elas me fortalecerão ainda mais e com tudo isso, nunca me entreguei pela metade, não me permiti ser menos do que a totalidade, mergulhei de cabeça enquanto a maioria molhava apenas o dedão do pé. E o que eu ganhei com isso?
Não sei! Acho que envelheci cedo demais! Não foi amadurecimento, foi envelhecimento mesmo! Quando a gente amadurece, o peso das coisas diminui, quando se envelhece, o mesmo peso acaba se tornando mais pesado porque a força já não é mais a mesma. É isso o que eu sinto no momento: um fardo grande de ter que carregar comigo o que eu esperava ter companhia para carregar! Não o meu fardo, mas a experiência que só a vida é capaz de  proporcionar!
Mesmo cansada, continuarei a minha trajetória como viajante do tempo. Seguirei em frente, pois embora eu já tenha caminhado muito, ainda não cheguei aonde eu pretendo chegar. Não consegui beijar o vento e nem tocar as estrelas... Vou lá agora, preciso continuar a caminhada antes que a noite se antecipe!

                       Assista ao vídeo e veja a importância de seguir em frente!
                                                      " E pra onde me levaria?
                                                                 Em frente!"

                     Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=b0VIZv3cNDo

Boa semana!!!
Muita luz!
Beijo da Jô!

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