sábado, 16 de março de 2013

Onde você está: no passado, no presente ou no futuro?



Em qual tempo você vive?
 Josimara Neves


Seu corpo está no presente, mas você é do tipo saudosista que vive sentindo falta de tudo o que não existe mais, que se diluiu no tempo e no espaço?
Você é do tipo que olha para o passado e se sente preso àqueles acontecimentos traumatizantes lembrando-se das pessoas que não deram o que você queria ou que traíram a sua confiança?
Você é do tipo ruminante que nunca faz a digestão dos acontecimentos ruins que lhe marcaram?
Ou você é do tipo que vive um passo de cada vez: aproveitando cada etapa do processo? Cada detalhe, cada emoção, cada sentimento, cada aprendizado, cada pessoa que passa pela sua vida, cada sorriso que alguém lhe dá, cada minúcia que, embora quase imperceptível, faz uma diferença enorme?
Você é do tipo que sabe viver o momento sem ser regressivo (no sentido de voltar ao passado) ou progressivo (de pensar no tempo além do presente)? Consegue deixar de se PREocupar ou de se lamentar?
Ou será que você é do tipo que sempre está em um lugar além de aqui e de agora? Que só vive pensando no futuro?
Que tipo de pessoa você é? Qual o tempo em que você conjuga o seu verbo: no passado, no presente ou no futuro?
Conseguiu fazer de seu passado um pretérito perfeito?
Queria que ele tivesse sido mais do que perfeito?
Lamenta-se por ele ter sido imperfeito?
Ou vive conjugando o verbo no futuro: verei, farei, irei, poderei, tentarei, conseguirei, viverei?
Não seria melhor viver no tempo “presente” e, com orgulho, dizer: “eu vi, eu fiz, eu fui, eu pude, eu tentei, eu consegui, eu vivi!”
Já parou para pensar que o “hoje” já foi um futuro e ele chegou, graças a Deus. Mas se tudo que a gente deixou pra fazer nesse “tal de amanhã” não chegar pra nós?
O que terá valido à pena? Você se orgulha de quem é hoje? De suas conquistas até o momento presente? De suas lutas, mesmo que perdidas? Você se sente feliz pelo patrimônio que construiu? Não estou dizendo de bens materiais, mas do que conquistou, de quem cativou, do amor que despertou, do exemplo que foi, das marcas que deixou, da sua presença na vida das pessoas e, o mais importante, da sua presença na sua própria vida? Se você morresse hoje conseguiria responder às perguntas essenciais da existência humana:

Quem sou eu?
O que é viver?
Qual o sentido da vida?
O que me motiva a viver?
O que mais importa?
Se lhe arrancassem de sua vida o que você mais gosta, acha que sobreviveria?
Se você soubesse que hoje é o último dia de sua vida sobraria tempo para fazer tudo o que gostaria?

Muitas vezes nos esquivamos dessas perguntas, simplesmente, porque pensar é um exercício árduo. Não queremos nos deparar com o fato de não sermos imortais. Saber que somos impotentes traz sofrimento... Descobrir que um dia o que era sonho deixará de ser, dá uma sensação de angústia. Imaginar que a morte ceifa tudo o que foi construído por muito tempo causa revolta, às vezes. Pensar que adiamos a ação por covardia ou por fraqueza nos faz sentirmos pequenos e incapazes. Detectar que o que  achávamos que era viver não passava de um rascunho o qual não dará tempo de passá-lo a limpo proporciona um desespero repentino. Imaginar que se viveu a vida inteira (até o presente momento) sem saber responder à pergunta: “Quem sou eu?” é uma forma atípica de Alzheimer.  O reconhecimento que eu chamo de “autoestranheza:” quando nos tornamos estranhos a nós mesmos.  É como entrar no quarto, olhar no espelho e começar a gritar achando que a sua casa foi invadida por uma  pessoa estranha. É isso o que acontece quando brincamos de viver e faltamos às aulas de autoconhecimento da escola chamada “VIDA.”

Só se vence por fora quando a vitória é conquistada por dentro. Assista a esse vídeo, cena retirada do filme "O Poder além da Vida" e entenda o que estou tentando dizer.



Bom final de semana!
Beijo da Jô!





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