sábado, 18 de janeiro de 2014





Quanto custa um sonho?

Josimara Neves






Fonte da imagem: Google/imagem

Um tema que faz parte da minha vida e sempre está presente nos textos que escrevo é sobre os sonhos. Sonhar, para mim, é tão necessário quanto respirar! Sonhar é encher os pulmões da alma de energia renovadora, vitalizante!
 É o motor que faz o ser humano  alcançar, conquistar, superar, atingir, vencer!
Sonhar é dizer para si mesmo: “ eu acredito em Deus!”
Sonhar é manter acesa a chama da esperança!
É driblar o impossível, enfrentar as vicissitudes, negar a aceitar a vida como um destino pré-traçado no qual nos sujeitamos a ele sem nada fazer para mudar!
É abrir os olhos para dentro buscando forças para continuar a jornada lá fora!
Outro dia, em uma atividade que realizamos (minha irmã e eu) com algumas crianças, pedimos a elas que escrevessem o seu maior sonho em um pedacinho de papel, colocassem-no dentro de uma bexiga e, posteriormente, deveriam enchê-la.  Depois de enchidas, deveriam soltá-las no ar impedindo que elas caíssem, cuidando para que nenhum sonho “morresse” ao  tocar o chão. Para finalizar a dinâmica, cada criança estourava a bexiga que estava em suas mãos, pegava o papel do sonho, levantava-se para ler o sonho em voz alta e o dono daquele sonho deveria ir ao encontro de quem leu para receber um abraço. Enquanto era abraçada, as demais cruzavam os dedos das mãos e gritavam sem parar:

“ ____ Realiza! Realiza! Realiza!”

E de um em um, os sonhos foram lidos! Alguns queriam ser ricos, outros queriam ter: uma casa bonita, um carro importado, uma boneca, viajar, conhecer uma banda, ser famoso... Conforme eu ouvia os sonhos, percebia que a maioria das crianças tinha sonhos apenas “materiais!” Entristeci-me ao identificar o quanto o capitalismo conseguiu manipular as pessoas para acreditarem que  felicidade se mede – apenas – pelo poder de consumo. As pessoas são felizes pelo quanto podem gastar, comprar, adquirir!  Isso é tão grave que até as crianças, desde pequenas, começam a se comparar com os coleguinhas para definir se são ou não felizes: se têm o tênis “All Star”, um Furby, uma boneca da Barbie, um carro importado, se é sócio do Clube X, se viajou para a Disney etc...

Em meio às minhas indagações, o último papelzinho dos sonhos foi lido, fazendo-me acreditar que nem tudo está perdido. Nesse último papel, a criança que o pegou leu em voz alta:

“ __ O meu maior sonho é que o meu pai volte a andar!”

E as demais crianças gritaram:

“___ Realiza! Realiza! Realiza!”


Não preciso dizer mais nada!
É nessas horas que eu sinto por não ter uma varinha mágica para realizar um sonho desse, em um simples “toque de mágica!” Sei que não tenho esse poder, mas rogo ao Pai Magnânimo que cuide de cada sonho, de cada coração partido, de cada alma necessitada, de cada criança triste, de cada sonhador, independente dos sonhos que tenha!

Que assim seja!!!

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