“Se chorei ou se sorri, o importante
é que emoções eu vivi”
By Josimara Neves
É covardia deixar de arriscar por
medo de sofrer! E quem não sofre nessa vida?
É fraqueza deixar de enfrentar por
medo de perder! E quem não perde nessa vida?
É frustração deixar de sonhar por
medo de não realizar! E quem consegue tudo nessa vida?
É ilusão não se iludir achando que
assim não terá decepções! E quem não se decepciona nessa vida?
É besteira manter o controle de
tudo achando que a vida é previsível! E quem sabe de tudo nessa vida?
Tudo o que a gente faz tentando ser racional demais para não sofrer é uma
forma ao avesso de sofrimento. Nascemos! Esse foi o maior trauma de nossa vida:
tivemos que aprender a adaptar a um ambiente menos aconchegante do que o útero.
Tivemos que aprender a nomear as coisas do mundo, a falar uma língua que até
então era indecifrável, tivemos que aprender a decodificar cheiros, palavras,
paladares, tatos, pessoas, lugares, sentimentos. Não foi fácil aprendermos a
andar! Caímos sim e não foi uma única vez!Várias e várias, mas nem por isso
desistimos de tentar. Antes de falarmos, as palavras eram sons que saiam de uma
boca “desdentada”, muitas vezes em meio a babas e a sorrisos largos e
espontâneos. Mãe era “mã”, depois “mã-mã” e, até que um dia, saiu a palavra
inteira: “mamãe!” Não saiu formada na primeira vez, mas quando foi pronunciada
inteira foi recebida com uma “festa:” ___ Ele/a falou “mamãe” pela primeira
vez!
Não foi fácil falar “mamãe”, assim como também não foi quando aprendemos
a segurar os talheres, a ir ao banheiro sem a ajuda dos outros, a amarrar o
cadarço do tênis, a escrever A-E-I-O-U! Esquecemo-nos do quanto foi difícil
ganhar a corrida contra milhões de espermatozóides para chegarmos a ser
fecundados! Não nos lembramos de nada disso! Crescemos e ao invés de mantermos
a curiosidade infantil e o desejo de descobrir sobre o mundo, “emburrecemos!”
Deixamos de tentar por medo! Quando éramos crianças, bastava alguém esticar os
braços dentro de uma piscina que pulávamos como se aqueles fossem os braços mais
seguros do mundo, mesmo que não fossem! Quando éramos crianças, a comida era
gostosa e não existia nenhuma caloria que alterasse o seu paladar. Quando
éramos crianças, a felicidade era gratuita: pular a enxurrada era o máximo!
Correr atrás do caminhão de “fumacê” (assim que a gente chamava) era adrenalina
pura! Olhar para o céu quando avistava um avião e gritar:
“___ Joga papel!” Era como se a
gente falasse com Deus! Como era bom o pão com manteiga antes de saber que
existia presunto e muçarela (é com ç mesmo, viu?)! Pra mim, rico era quem tinha
piscina de mil litros, comia bisnaguinha Seven Boys e Danoninho! Hoje eu sinto
falta desse tipo de riqueza! Sinto falta da companhia do diário que era um
grande amigo!
Não fui muito artiosa/ arteira, mas vivi todas as emoções que eu pude
viver!
Já fui melancólica ao extremo, já respirei nostalgia, já fui histérica
ao máximo, já falei demais, já dei gargalhadas altíssimas que incomodavam as
pessoas infelizes, já me apaixonei inúmeras vezes, já me frustrei centenas de
vezes, já acreditei muito em que não merecia, já derramei lágrimas (muitas,
centenas de gotas! rs), já troquei de roupa, me arrumei, me perfumei esperando
pessoas que nunca vieram e que se foram antes de me darem uma resposta, já
escrevi cartas apaixonadas, já fiz poemas como prova do que eu sentia. Já
marquei e fui marcada, já sofri e fiz sofrer! Já ri de mim mesma! Já
desisti muitas vezes e em outras, quase,
mas persisti! Já dormi chorando, já acordei sorrindo, já chorei de tanto rir!
Já vivi mais do que os meus quase trinta anos podem me dizer, as conseqüências
disso ficaram registradas nas rugas de minh’alma envelhecida prematuramente! Às
vezes eu me sinto cansada, então brinco com os meus botões: “eu não nasci
cansada, eu já nasci vivida!”
E é assim que eu vivo: carregando no peito a bravura de ser os anos que a
minha alma tem! Levo comigo um grande ensinamento do Rei Roberto Carlos:
“Se chorei ou se sorri, o
importante é que emoções eu vivi!”
Fonte: Google/imagens
Isso me basta! Tenho história (s) para contar! E, o melhor, a minha
história! Tenho uma vida minha! Sinto orgulho de saber que eu nunca precisei
terceirizar a minha existência! No momento, quero cuidar dessa vida: a minha! Não
quero saber de fofocas nem de tragédias! Quero cuidar do que me interessa e
valorizar o que sempre foi importante para mim: a essência!
Fonte: www.facebook.com
Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa
caixa de bombons.
( Carlos Drummond de Andrade)
Fonte: thalitanoadya.blogspot.com
Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem
com a velhice. ( Platão)
Fonte: doritaporto.blogspot.com
Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se
souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais
doces da vida de um homem, Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos
aos, estes ainda reservam prazeres. (Sêneca)
Fonte: mensrefllexivas.blogspot.com
A velhice é um estado de repouso e de liberdade no que respeita aos
sentidos. Quando a violência das paixões se relaxa e o seu ardor arrefece,
ficamos libertos de uma multidão de furiosos tiranos. (Platão)
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