“Por que é que os corações não são iguais?”
Josimara Neves
Fonte: dreaming.blog.cz
"Não são as nossas habilidades que revelam quem verdadeiramente somos. São as nossas escolhas.!" (Do filme Harry Potter)
Sou o tipo de
mulher que enche a cara de água, se empanturra de poesia e de palavras doces,
chora ouvindo música, ri até chorar de coisas bobas e ridículas, adora fazer de
momentos formais uma oportunidade de quebrar o clima de seriedade.
Sou o tipo de
mulher que fala o que pensa e deixa as pessoas com os olhos arregalados de
espanto...
Sou o tipo de
mulher que se tiver que escolher entre a companhia de qualquer homem e a minha
solidão criativa, eu fico com a segunda.
Sou o tipo de
mulher insatisfeita com aquilo que eu sei que posso ser melhor ou mesmo, ter
mais. Por isso, não permito que me desvalorizem. Cheguei à fase do “agora ou
nunca:” ou eu rompo agora com o que me afeta ou nunca conseguirei me impor.
Sou o tipo de
mulher que não precisa de confete pra viver porque sei que a vida não é feita
só de glamour ou só de alegria!
Sou o tipo de
mulher que nem todos os homens gostam, muitas mulheres detestam e várias
pessoas se incomodam com a minha presença devido à espontaneidade e à autenticidade
peculiares a mim.
Sou o tipo de
mulher que muitos olham, vários enxergam, mas poucos me vêem de fato. Preferiria
ser vista por dentro a ser olhada por fora. Gostaria de conviver com pessoas
que se preocupassem mais com sentimentos, valores, ideologias do que com bunda,
peito e o corpo em si. Adoraria falar uma língua universal na qual houvesse
comunicação, mas sinto que mesmo falando a mesma língua, a maioria das pessoas
não fala àquela que eu desejaria conversar! É tanta superficialidade para todos
os lados que qualquer coisa que eu diga, por mais que seja uma gota d’água, soa
como o oceano tamanha a distância que me separa do mundo de muitas pessoas que
não fazem outra coisa a não ser: boiar na superfície.
Sou o tipo de
mulher que tem fôlego para mergulhos intensos e profundos, mas não tenho saco
para suportar coisas que eu julgo pequenas demais para merecer a minha atenção.
Quando era
pequena, não entendia nada do mundo, mas busquei compreendê-lo. Comecei
precocemente a minha viagem... E, desde então, não parei mais. Aprendi muito,
vi muitas coisas as quais eu jamais poderei me esquecer...Foi tudo muito bom,
mas eu me cansei um pouco, não de
viajar, mas de não ter encontrado companheiros de viagem dispostos a colocar em
suas bagagens coisas pequenas que fazem a diferença. Momentos simbólicos: um
sorriso, um abraço, um bilhete, um torpedo escrito quando se estava com
saudade... Sinto falta de pessoas mais fortes para amar... Pessoas que
arrisquem sem medo do que virá... Pessoas que joguem as cartas da manga fora e
queiram, verdadeiramente, se entregar! Sinto falta de gente inteira: vejo
frações de pessoas, fragmentos de indivíduos e pedaços de seres humanos que não
conseguiram se recompor depois de feridos. Queria encontrar pessoas inteiras,
mesmo que estivessem completamente coladas. Mesmo que fossem uma decoupage em
pessoa...Mesmo que fossem um cristal rejuntado, um mosaico com pecinhas
aglomeradas...Não me importaria estar ao lado de pessoas cheias de cicatrizes,
de arranhões, de marcas e de feridas oriundas dos golpes da vida desde que
elas, ainda assim, estivessem inteiras. Cansei de gente que ama pela metade,
que se entrega apenas um terço, que é verdadeira apenas 25%. Cansei de gente
que blefa 100% do tempo... Enjoei-me de pessoas que se ferem mais do que as
próprias feridas já existentes e fazem da vida um mar de lágrimas.
Sei que para
elas não é fácil lidar com os sofrimentos, mas para mim também não é fácil
conviver com quem contagia o ambiente com negativismo e com profecias de
catástrofes.
Como eu ia
falando, eu não ou o tipo de mulher perfeita, nem santa e muito menos sem
defeitos, muito pelo contrário, eu os tenho em penca, mas mesmo assim, luto
ardentemente para mudar. Tento evoluir! Sequei as lágrimas do passado, derramo
as de hoje com a certeza de que elas me fortalecerão ainda mais e com tudo
isso, nunca me entreguei pela metade, não me permiti ser menos do que a
totalidade, mergulhei de cabeça enquanto a maioria molhava apenas o dedão do pé.
E o que eu ganhei com isso?
Não sei! Acho
que envelheci cedo demais! Não foi amadurecimento, foi envelhecimento mesmo! Quando
a gente amadurece, o peso das coisas diminui, quando se envelhece, o mesmo peso
acaba se tornando mais pesado porque a força já não é mais a mesma. É isso o
que eu sinto no momento: um fardo grande de ter que carregar comigo o que eu
esperava ter companhia para carregar! Não o meu fardo, mas a experiência que só
a vida é capaz de proporcionar!
Mesmo cansada,
continuarei a minha trajetória como viajante do tempo. Seguirei em frente, pois
embora eu já tenha caminhado muito, ainda não cheguei aonde eu pretendo chegar.
Não consegui beijar o vento e nem tocar as estrelas... Vou lá agora, preciso
continuar a caminhada antes que a noite se antecipe!
Assista ao vídeo e veja a importância de seguir em frente!
" E pra onde me levaria?
Em frente!"
" E pra onde me levaria?
Em frente!"
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