Odiodependência- quando o dilema é: morrer de ódio ou matar por ódio?
Autoria: Josimara Neves
Quanto menor é o
coração, mais ódio carrega. (Victor Hugo)
Hoje eu quero falar sobre um sentimento que faz com que muitas pessoas se
tornem “amargas” e de mal com a vida: o ódio! É uma mistura de: desamor, raiva,
inveja, sentimentos destrutivos como inveja, rancor, além de ressentimentos e
de perseguição por tudo o que é negativo. Pessoas que odeiam, comumente, têm
dificuldade de perdoar: a si e aos outros. Costumam ser “ruminantes” no sentido
de que voltam ao passado visitando apenas os calabouços onde se alojam os
traumas de sua vida. Não conseguem ver o mundo com uma tela colorida, ao invés
disso, sempre visualizam a nuvem negra, as tempestades, os infortúnios, as desgraças,
as tragédias etc. São sempre aquelas que torcem para dar errado para poder
falar: “___ Tá, vendo! Eu não falei!”
Sentem prazer em ver as pessoas se dando mal para não sentir que são as
únicas que sofrem e que têm a vida amargurada. Mal sabem elas que o ódio faz
mais mal a quem o sente do que a quem é direcionado. Pessoas “odiosas” boicotam
o prazer de viver, perseguem ideias autodestrutivas e muitas vezes de vingança,
restando-lhes doenças, tragédias, além de envolvimento com a justiça uma vez que
há aqueles que matam, roubam e cometem crimes de diversas naturezas movidos
pela cegueira do ódio.
“Assim como a droga, o ódio também vicia, causa a dependência psicológica
que é caracterizada por um estado mental da necessidade de ressentir sensações
de decepção.” (Por
Fernando Vieira Filho/Da divulgação Barany Editora)
Sendo assim, o tratamento é de suma importância para que o “viciado”
consiga enfrentar a si mesmo e reconhecer as origens do seu problema. A
convivência com pessoas assim é “pesada” e “nebulosa.”
Portanto, deixo aqui algumas dicas:
1.
Viver não é fácil pra ninguém, encontramos pessoas boas
e más. Cabe a cada um de nós filtrar o que nos interessa e descartar o irrelevante.
2.
Saber lidar com as emoções é essencial para se viver
bem. Uma raiva mal curada se torna ódio crônico quando os sentimentos negativos
ocupam o lugar dos positivos.
3.
Frustrações fazem parte da vida. Você não sabe lidar
com isso? Ninguém sabe até que se disponha a aprender! Então, permita-se
aprender!
4.
Alguém lhe causou sofrimento? Lamentável! Mas o
sofrimento que você criou em cima do sofrimento que lhe foi causado é
responsabilidade sua: ou você resolve ser o vilão/a vilã da história ou será
sempre o coitadinho/ a coitadinha.
5.
Certa pessoa fez com que se sentisse abaixo de zero ou
como se não fosse nada? Horrível isso, não! Mais horrível ainda é você se
colocar na condição que ela tentou lhe induzir a ficar.
6.
Ah, o seu caso é que foi humilhado/a? Entendi! Não
tente fazer o mesmo ou dar o troco, ao invés disso mostre que o que foi dito a
seu respeito não é o que você pensa sobre si mesmo/a!
7.
Levou um pé na bunda e está “morrendo de raiva?”
Compreendo! Deixe a raiva passar, evite agir nesse momento. Após a poeira se
abaixar, comece a refletir e escolha o momento certo para poder (re)agir.
8.
Foi injustiçado? Péssimo isso, não? Mas lembre-se de
uma coisa: o peso da balança dos homens é diferente da de Deus! Não se torne
injusto para poder se sentir em situação de igualdade, pois quando adotamos
comportamentos incondizentes com os nossos valores, no fundo, nos rebaixamos e
ferimos a nós mesmos.
9.
Traição? Hum...Indigesta!Não tente fazer o mesmo!
Acredite: até para trair tem que se ter “vocação.” Se não for o seu caso, o
sofrimento pode vir a ficar em dobro.
10. Desamor?
É horrível não se sentir amado/a, perceber a indiferença, além dos sentimentos
de rejeição e de abandono, porém, pior do que isso é quando falta o mais importante: “amor a si mesmo/a.”
E, por fim, nunca se esqueça: uma vida com
ódio é um jardim lotado de ervas daninhas.
Como disse o escritor irlandês Joseph Murphy
(1898-1981), “A personalidade odiosa, frustrada, distorcida e deformada está
fora de sintonia com o Universo. Inveja os que têm paz, são felizes, generosos
e alegres. Geralmente critica, condena e difama aqueles que lhe demonstraram
generosidade, bondade e compaixão. Assume a seguinte atitude: ‘Por que ele deve
ser tão feliz se eu sou tão desgraçado?’ Deseja atrair a todos para o seu
próprio padrão de vida. O seu infortúnio necessita companhia.”
A imagem foi retirada daqui: http://blogmanhoso07.blogspot.com.br
ótimo, eu diria perfeito, me vi em muitas palavras desse texto, eu apenas não fico feliz quando alguém se da mal, mais o resto sou eu mesma, triste.....
ResponderExcluirO importante é reconhecer o que precisa ser melhorado e ver o que a impede de melhorar. Só o fato de não ficar feliz com a desgraça alheia já mostra que o seu coração não é tão duro quanto possa pensar. Não deixe que a escuridão do ódio a cegue ofuscando a beleza que só se encontra diante da luz!!!
ResponderExcluirEu acredito em você!!! Permita-se desprender de sentimentos negativos e dê a você a chance de ser feliz!!
Bjim
Oi Josi, de novo: amei seu texto...Concordo: guardar ódio é o mesmo que colecionar dinheiro sem valor....não servirá para nada...Me lembrei do filme " A insustentável leveza do ser" ao ler seu texto....a vida pede leveza, desejo de perdão ao outro e a si mesmo....obrigada pela socialização dessas ideias demais...( não sei como inserir no perfil meu nome, mas me identifico)depois posso passar meu e-mail para conversarmos.( Cristiane A.F.Campos)
ResponderExcluirOlá, Cristiane! Seja muito bem-vinda! Estou feliz pela sua participação! De fato, é chatinho colocar a identificação aqui no blog, mas se você tiver uma conta no Google com o seu e-mail ou perfil do Face é possível se identificar, mas não se preocupe com isso, já que se identificou com o nome assim eu posso personalizar a nossa conversa tornando-a mais pessoal.rs
ResponderExcluirNão assisti ao filme, já anotei o nome porque quero assisti-lo, deve ser muito bom!!!
Ao ver o nome do filme, lembrei-me do livro: "A arte de ser leve" de Leila Ferreira. Também é uma boa indicação caso também esteja na busca para tornar-se "leve."
Obrigada pela participação que será sempre bem-vinda!
Muita luz e paz no seu coração!
Bjim, Josi!
Muito bom o seu texto Josimara Neves. Realmente o ódio é um drama na vida do Ser Humano. O amor quando se decepciona, machuca, fere e, vira um dejeto que deve ser "evacuado" através do perdão. A odiodependente o retém e intoxica sua alma. Abraços e muita Paz. Fernando.http://harmonize-se-com-florais-de-bach.blogspot.com.br/
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