Logosofia: o despertar da consciência em busca da essência!
Josimara Neves
Quem costuma viajar sabe a importância da sinalização das placas para se
chegar ao destino almejado. Quando se trata desse tipo de viagem –
hodiernamente –, é fácil ir a um lugar desconhecido, basta acessar um site de
busca e procurar o roteiro, olhar no Google Maps, ou mesmo, usar um GPS. E
quando se trata de outro tipo de viagem? Quando o itinerário é o caminho da
busca interior: como fazer para viajar? Para onde olhar? Por onde começar? A
quem recorrer? A quem consultar? Como saber qual é o destino e o que encontrar?
Pois é, o que está por fora é visível, objetivo, concreto e, comumente,
mais prático! Mas e o que está por dentro? Como fazer para acessar? Esses
questionamentos de cunho existencial são muito difíceis de serem respondidos
pela boca de outros, uma vez que, quase sempre, as respostas se encontram
dentro de nós. E é esse o X da questão, afinal, quem costuma, ou melhor, sabe
olhar para dentro? Quem dialoga consigo? Quem inclui a solidão como companhia?
Quem pratica o autoconhecimento?
Complicado responder, pois na era do Bill Gates (o pai do
sistema operacional Windows), do Steve Jobs
(fundador da Apple) e do Mark Elliot Zuckerberg (fundador do Facebbok), quem se
preocupa com o ensinamento “Nosce te ipsum!” (“Conhece-te a ti
mesmo!”) deixado por Sócrates há tanto tempo, mas que não se diluiu com a
modernidade?
Constata-se que as pessoas se interessam mais em saber como manusear um
novo celular, um Ipod, um Tablet do que tentar entender como elas mesmas
funcionam: como pensam e como sentem. Pergunte a elas se sabem: quais são as
funções dos rins? Do pâncreas? Do baço? Certamente, poucos saberão responder. Agora,
inverta as perguntas: O que é o Facebook? Para quê serve? Como funciona o
celular? Qual a função das teclas Ctrl C + Ctrl V? É provável que respondam com
facilidade.
Infelizmente, o espelho não dá conta de visualizar a
imagem interior onde se encontram muitos cristais quebrados. Atualmente, o
vazio existencial tem feito com que muitas pessoas – cansadas de tentarem
preencher-se com coisas materiais – busquem outras respostas, e Logosofia surge como uma alternativa. Segundo o
conceito extraído da Wikipedia:
Logosofia: (do grego λόγος logos = palavra, verbo e σοφία - sophia = sabedoria, ciência original) é uma escola desenvolvida pelo pensador
e educador humanista Carlos
Bernardo González Pecotche, que busca oferecer
ferramentas de ordem conceitual e prática para obter o autoaperfeiçoamento, por
meio de um processo de evolução consciente que conduz ao conhecimento de
si mesmo.
Em outras palavras, não é religião nem crença, é uma ciência que – quando
colocada em prática – ajuda o indivíduo a se emancipar interiormente, a se
autoconhecer, a descobrir as suas faculdades mentais expandindo-as. Além de
aprender a reverter conceitos em práticas libertárias oriundas do despertar da
consciência, ele aprende a valorizar a essência, a administrar o tempo com
atividades mais verdadeiras e edificantes, ressignificando, então, o seu núcleo
interior e, consequentemente, a própria existência! E, assim, muda as lentes
dos óculos aprendendo, sobretudo, a olhar para dentro a fim de não se perder na escuridão!
A procura do desconhecido dentro de nós mesmo(?)
ResponderExcluirNão é fácil buscar o que a gente nem sabe que tem. Muito bom o texto!
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