Quando o que nos resta é lutar enquanto ainda temos "energia" e disposição.
Veja os impactos ambientais da Hidrelétrica de Belo Monte
O texto abaixo foi extraído do link: http://www.problemasambientais.com.br/impactos-ambientais/hidreletrica-de-belo-monte-impactos-ambientais/
Questão ambiental: A região
pleiteada pela obra apresenta incrível biodiversidade de fauna e flora.
No caso dos animais, o EIA aponta para 174 espécies de peixes, 387
espécies de répteis, 440 espécies de aves e 259 espécies de mamíferos,
algumas espécies endêmicas (aquelas que só ocorrem na região), e outras
ameaçadas de extinção. O grupo de ictiólogos do Painel dos Especialistas
tem alertado para o caráter irreversível dos impactos sobre a fauna
aquática (peixes e quelônios) no trecho de vazão reduzida (TVR) do rio
Xingu, que afeta mais de 100 km de rio, demonstrando a inviabilidade do
empreendimento do ponto de vista ambiental. Segundo os pesquisadores, a
bacia do Xingu apresenta significante riqueza de biodiversidade de
peixes, com cerca de quatro vezes o total de espécies encontradas em
toda a Europa. Essa biodiversidade é devida inclusive às barreiras
geográficas das corredeiras e pedrais da Volta Grande do Xingu, no
município de Altamira (PA), que isolam em duas regiões o ambiente
aquático da bacia. O sistema de eclusa poderia romper esse isolamento,
causando a perda irreversível de centenas de espécies.
Outro ponto conflituoso é que o EIA apresenta
modelagens do processo de desmatamento passado, não projetando cenários
futuros, com e sem barramento, inclusive desconsiderando os fluxos
migratórios, que estão previstos nos componentes econômicos do projeto,
como sendo da ordem de cerca de cem mil pessoas, entre empregos diretos e
indiretos.
Questão cultural e impactos da obra sobre as
populações indígenas: O projeto tem desconsiderado o fato de o rio Xingu
(PA) ser o ‘mais indígena’ dos rios brasileiros, com uma população de
13 mil índios e 24 grupos étnicos vivendo ao longo de sua bacia. O
barramento do Xingu representa a condenação dos seus povos e das
culturas milenares que lá sempre residiram.
O projeto, aprovado para licitação, embora afirme que as principais
obras ficarão fora dos limites das Terras Indígenas, desconsidera e/ou
subestima os reais impactos ambientais, sociais,
econômicos e culturais do empreendimento. Além disso, é esperado que a
obra intensifique o desmatamento e incite a ocupação desordenada do
território, incentivada pela chegada de migrantes em toda a bacia e que,
de alguma forma, trarão impactos sobre as populações indígenas.
Como já exposto, o Trecho de Vazão Reduzida
afetará mais de 100 km de rio e isso acarretará em drástica redução da
oferta de água. Os impactos causados na Volta Grande do Xingu, que
banha diversas comunidades ribeirinhas e duas Terras Indígenas – Juruna
do Paquiçamba e Arara da Volta Grande, ambas no Pará -, serão
diretamente afetadas pela obra, além de grupos Juruna, Arara, Xypaia,
Kuruaya e Kayapó, que tradicionalmente habitam as margens desse trecho
de rio. Duas Terras Indígenas, Parakanã e Arara, não foram sequer
demarcadas pela Funai. A presença de índios isolados na região, povos
ainda não contatados, foram timidamente mencionados no parecer técnico
da Funai, como um apêndice.
A noção de afetação pelas usinas hidrelétricas
considera apenas áreas inundadas como “diretamente afetadas” e, por
conseguinte, passíveis de compensação. Todas as principais obras
ficarão no limite das Terras Indígenas que, embora sejam consideradas
como “indiretamente afetadas”, ficarão igualmente sujeitas aos impactos
físicos, sociais e culturais devido à proximidade do canteiro de obras,
afluxo populacional, dentre outros. O EIA desconsidera ou subestima os
riscos de insegurança alimentar (escassez de pescado), insegurança
hídrica (diminuição da qualidade da água com prováveis problemas para o
deslocamento de barcos e canoas), saúde pública (aumento na incidência
de diversas epidemias, como malária, leishmaniose e outras) e a
intensificação do desmatamento, com a chegada de novos migrantes, que
afetarão toda a bacia.
Quem se interessar em aprofundar no assunto é linkar abaixo que está explicando direitinho! Vamos aproveitar o calor das manifestações para lutarmos pelo nosso patrimônio ecológico tão almejado por todo o mundo.
Leia mais em: http://www.problemasambientais.com.br/impactos-ambientais/hidreletrica-de-belo-monte-impactos-ambientais/#ixzz2XpdVGCdN
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.