Espasmos da alma
Josimara Neves – 31/07/13
Fonte: google/imagens
Hoje (31/07) é o dia do orgasmo e isso me fez pensar em como o mundo
seria melhor se existissem mais orgasmos.
Se houvesse orgasmo em coisas costumeiras e simples...
Se houvesse orgasmo quando as pessoas se tratassem com
respeito...
Se houvesse orgasmo diante de situações que fosse possível
existir generosidade, solidariedade, compaixão!
Se houvesse orgasmo na sensibilidade de perceber o outro em
suas nuances e oscilações.
Se houvesse orgasmo em conversas interessantes e nem
precisaria ser intelectuais!
Se houvesse orgasmo diante da realização alheia!
Se houvesse orgasmo nas preliminares da própria existência
quando ainda se está no jardim da infância: feliz pelas iniciativas e
tentativas.
Se houvesse orgasmo na cumplicidade, certamente, o prazer
deixaria de ser meramente focal.
Se houvesse orgasmo nas relações, não necessariamente,
sexuais!
Engana-se quem pensa que o orgasmo é unicamente uma resposta
sexual. "Psicopoeticamente" falando, eu diria que é uma alteração da consciência:
momentos efêmeros cujos pés, por alguns segundos, deixam de tocar o chão e a
mente, cansada de tantos bombardeios da razão, ilogicamente sai de si e
transcendente ao próprio corpo na tentativa de beber um gole do cálice da
libertação.
Não sei se o corpo se integra ou se desintegra, é tão confuso
quando a autorrealização se resume no incomensurável, no indescritível, no
inenarrável.
Falta oxigênio no cérebro e este segue em direção a um corpo
generalizado por sensações de êxtase e descontrole, seguido por um desejo de
que “aquele aquilo” que não tem explicação se eternize, nem que esta eternidade
passageira dure tão pouco, mas que seja sentida em sua literalidade sinestésica
e irracionalmente boa!
As pessoas adoecem quando deixam de ter orgasmos, traduzidos
aqui como tudo aquilo que é pulsão de vida e traz a sensação de felicidade,
contentamento e autorrealização!
Um mundo sem: vibração, espasmos, manifestação de alegria e
de euforia é um mundo “anorgásmico”:
sem vida, sem prazer, sem motivação, sem desejo, sem pulsões, sem fantasia!
Pare de se autoboicotar, sinta-se feliz e tenha orgasmos com
a felicidade alheia, com as conquistas suas e as dos outros, com coisas
singelas que fazem a alma vibrar por dentro!
Valorize a vida...
Tenha encantamento...
Sorria! Faça seu corpo e, sobretudo, a sua alma, não caber em
si de tanto prazer em se permitir viver momentos- mesmo que raros e breves – de
euforia!
Deixe a sua alma “pasmar” e “espasmar” de tanta felicidade a ponto de não caber dentro de si e sair por aí
cantando, sorrindo, dançando: F-E-L-I-Z!
O orgasmo é, sem dúvida, a meu ver, a prova real de que a
felicidade não é medida pelo tempo em que dura, mas sim, pela intensidade com
que nos provoca e nos leva da Terra ao céu e do céu à Terra numa curta fração
de tempo!
Ps: quem acha que a imagem não tem nada a ver, não entendeu qual era a minha proposta ao escrever.
Ampliando o
conhecimento
Além desta definição,
temos o orgasmo como um potente estado alterado de consciência e ainda temos o
para-orgasmo como sendo "o estado existencial de autorrealização e prazer
de viver intraduzível em palavras e geralmente vivenciado a partir de curtos
momentos, ou momentos de pico. ( Fonte: http://pt.wikipedia.org)