Tudo muda!
Josimara Neves
Fonte: www.gamedesire.com
Não sei se o céu muda de cor... Se o arco-íris se
torna maior com o tempo ou mesmo se aquilo que antes parecia grande passa a ser
pequeno, e o que era pequeno, de repente se torna tão grande.
Não sei se
são as coisas que mudam de tamanho, de dimensão, de cor, de sentido ou se é o
tempo que muda e me muda também . Ou se
sou eu que mudo e mudo o tempo, as coisas, as pessoas, os sentidos e as cores.
Não sei se
são as horas que passam ou se sou que ganho em tempo quando as horas passam.
Não sei se
muitas coisas perdem a razão de ser ou se sou eu que não dou mais importância a
elas.
Não sei se
passei a dar importância às coisas desinteressantes ou se foram elas que se
tornaram interessantes pra mim.
Não sei se o
ritmo é devagar ou se sou que tenho pressa!
Não sei se a
multidão está caminhando na direção certa ou se sou eu que ando na contramão.
Não sei se o
meu corpo é jovem demais para a minh’alma envelhecida ou se ela é velha demais
para habitar um corpo juvenil.
Não sei se a
minha mente é muito contemporânea para se adequar ao meu coração senil ou se o
meu coração é que anda ultrapassado para poder acompanhar a minha mente
moderna.
Não sei se
os gostos mudam ou se fui que mudei... Aquelas fotos, aquelas roupas, aqueles
sapatos, aqueles desejos já não existem mais, assim como aquela que vestiu tais
roupas, que usou tais sapatos, que tirou aquelas fotos, que tinha aqueles
desejos...
Hoje
“aquela” é “esta” que sou: sem tudo “aquilo”, mas com um tanto de “isso!”
Aprendi -
com o tempo – o que Heráclito de Éfeso quis dizer quando pensou: “ninguém
banha-se duas vezes no mesmo rio”. “Segundo
ele, ninguém na segunda vez, nem a pessoa nem o rio serão os mesmos. As águas
passam, a pessoa muda e, ao banhar-se novamente no mesmo rio, trata-se de uma
outra pessoa em novas águas. Há sobrevivências e renovações sempre que definem
nossa realidade. Nada é para sempre e tudo se transforma.” (Autor
desconhecido)
Aprendi que somos como as águas dos
rios: seguimos o nosso fluxo natural e não há como fugir disso! Seguimos o
nosso trajeto e na medida em que caminhamos: caímos e levantamos, tropeçamos e
continuamos, nos perdemos e nos encontramos. E, no final, nada nem ninguém
permanece do jeito que já foi um dia: tudo muda!
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