Uma vida inbox!
Josimara Neves
A humanidade está cada vez mais “on”
para o mundo externo e “off” para o mundo interior.
E com isso, a incapacidade de se
autotolerar, de se autossatisfazer, de se autoconviver! Solidão pra quê? Se o
mundo é “on!”- pensamos!
Quem vive “on” está conectado,
mas nem sempre, ligado!
Quem vive “on” corre o risco de viver na superficialidade
virtual...
Quem vive “on” acaba não
percebendo que existe uma sutil diferença entre abraçar e mandar um emotion!
Quem vive “on” sente necessidade
de ser notado, ao mesmo tempo em que não se nota!
Quem vive “on” está mais
preocupado em manter uma imagem do que cuidar da própria identidade!
Quem vive “on”, no fundo, o que
mais teme é se deparar com a sua vida “in off” e perceber que todas as suas
conexões não passam de fios encapados superficialmente, correndo o risco de - a
qualquer momento- entrar em colapso virtual, vulgo “depressão existencial” no
mundo “off.”
Viver “in off” não é assustador para quem não teme
olhar no espelho... Poucos são os que sabem que é em “off” que a vida
literalmente acontece. Onde os mistérios fascinam, os sonhos existem, as
pessoas se tocam, se abraçam, se toleram, se amam, se veem! Não precisa de
fotoshop, nem de novidades, basta: “EXISTIR!”
Acho que eu cheguei à fase “nem
tanto ao céu nem tanto ao mar.” Traduzindo, para uma linguagem virtual, nem
tanto “on “nem tanto “off”: agora eu
vivo “inbox!”
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