sábado, 31 de agosto de 2013

Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?





A vida e os seus porquês...
Josimara Neves
 

Por que os corações costumam andar na contramão: enquanto um vai o outro vem?
Por que muitas vezes justamente quando nos perdemos é que nos encontramos?
Por que olhar para dentro é mais difícil do que olhar para fora?
Por que evitamos olhar quando sabemos o que iremos ver?
Por que o que atinge a alma dói mais do que aquilo que afeta o corpo?
Por que aprendemos mais diante das dificuldades do que frente à zona de conforto?
Por que o que vem dos outros continuam a nos afetar?
Por que as dúvidas não cessam?
Por que esperar por um milagre se não acredita em si mesmo?
Por que continuar a caminhada se não se muda de rumo e nem  de estratégias quando é necessário?
Por que insistir numa ideia fixa que já deu indícios de que não irá pra frente?
Por que se apegar em detalhes se o que faz diferença muitas vezes passa despercebido aos olhos?
Por que depositar no outro a incumbência de lhe fazer feliz só pelo bel prazer de ter a quem culpar quando se deparar com a frustração?
Por que gastar energia com o que lhe consome?
Por que deixar que a culpa transforme-me em algo que o/a corrói aos poucos por dentro?
De fato, engana-se quem pensa que a “fase do porquê” acontece somente na infância.  Durante toda a vida nos deparamos com várias incógnitas, interrogações que não terminam, questionamentos que martelam incansavelmente  na mente de forma obsessiva. E assim, os porquês gritam por respostas, clamam por resoluções, desejam uma pausa nem que seja uma vírgula para poder respirar ou um ponto final para dar um desfecho em tudo aquilo que se encontra em aberto e mal resolvido.
É importante que saiba que as respostas, muitas vezes, surgem de onde menos esperamos:
Às vezes, elas aparecem em forma de sinais que cabe a cada um decodificar.
Às vezes, elas simplesmente saem da boca de outras pessoas.
Às vezes, elas se encontram ali, bem ao alcance dos olhos.
Às vezes, elas simplesmente vêm em forma de silêncio.
Às vezes, elas acontecem quando recebemos um “não” em forma de resposta.
Enfim, as respostas, acreditem, sempre chegam até nós, mas quase sempre não estamos preparados para recebê-las ou mesmo, compreendê-las e aceitá-las. Ao longo da minha vida eu tenho percebido que obter uma resposta, mesmo que não seja a esperada, é melhor do que não ter resposta, pois a partir daí é possível elaborar as emoções e continuar a vida.

Certa vez eu ouvi um professor contar a seguinte história:

Um cliente foi procurar o advogado desesperado:
__ Doutor, eu preciso da sua ajuda. Demorei anos para juntar dinheiro e comprar a casa dos meus sonhos. Há pouco tempo que eu havia me mudado, a piscina deu um defeito e iria ficar em mais de R$10.000,00. Também deu um problema no encanamento do banheiro. Estou disposto a consertar tudo, afinal, eu sempre sonhei em ter uma casa desta. Acontece  que certo dia, apertaram a campainha da minha casa e quando fui atender eu me deparei com uma mulher que me disse que a casa era dela e me mostrou a documentação. Fiquei pasmo, afinal, eu também tinha a documentação constando que a casa era minha. Ela me disse que eu deveria ter sido vítima de um golpe. Então, Doutor! O senhor pode me ajudar a resolver este problema?
__ Fique tranquilo, eu vou resolver este problema!
Como todos sabem, muitas vezes os processos judiciais demoram anos para serem resolvidos e neste caso não foi diferente. E enquanto os anos se passavam, o “proprietário” da casa se perguntava:
__ Mas será? A casa é ou não é minha?
 (E assim, se questionou por muitos anos, até que foi provado, mediante as vias judiciais, que a casa dos sonhos que ele havia comprado, de fato, não era sua). Ele ficou perturbado de tudo e foi agressivamente conversar com o advogado:
__ Doutor, o senhor me disse que resolveria o meu problema! Mas não resolveu nada! Falou isso e foi deselegante e ofensivo com o mesmo que lhe respondeu.
__ Eu disse que resolveria sim o seu problema e resolvi.
__ Como que resolveu se eu perdi a minha casa?
__ Resolvi sim, pois agora você sabe que esta casa não é sua e não vai mais ter que viver na dúvida. A casa não é sua! Junte dinheiro novamente e eu tenho certeza de que em pouco tempo você fará a casa dos seus sonhos e ainda vai me chamar para um churrasco na sua casa.
O tempo passou e foi exatamente isso que aconteceu. O homem o convidou para um churrasco, feliz da vida, aproveitando a oportunidade para se desculpar com o advogado que, de fato, havia resolvido o problema: não como ele desejaria, mas como tinha que ser.
Moral da história: quando somos surpreendidos com respostas que contrariam a nossa vontade é importante que reflitamos e depois coloquemos em prática novos planos para seguir a trajetória da vida sem nos remoermos no passado.






domingo, 25 de agosto de 2013

De repente, amor!



 Amar é...
Josimara Neves

 



Amar é conseguir parar o tempo
E viver a intensidade do momento!
É deixar se levar, sem se dar conta!
É embarcar na viagem sem saber se está pronta!

É sentir que os pés não tocam mais o chão
E se vê pisando em nuvens de algodão...
É deixar o fluxo da correnteza fluir naturalmente
É sentir o coração se aquecer ardentemente!

É olhar nos olhos da pessoa amada
E enxergar a si mesmo numa imagem projetada
Amar é ser capaz de se entregar
Sem medo do que possa encontrar!

Amar é quebrar as regras da razão
E seguir os passos do coração
É mergulhar na profundidade
Na esperança de encontrar a felicidade!

Amar é se perceber “enlaçada”
E nunca “amarrada”
É voar como libélula
Sentindo-se livre, bela!

Amar é quando o “um” passa a ser dois
E o “dois” não se vê mais sem o “um”
Amar é quando o mundo se  torna pequeno
E, de repente, uma única pessoa passa a ser
O seu mundo inteiro!




sábado, 24 de agosto de 2013

Dica do dia: autoamor é questão de sobrevivência!





Aprendendo a me amar!
Josimara Neves

 

Mesmo que eu nunca mais venha a lhe encontrar...
Mesmo que você não queira os meus telefonemas atender...
Um dia, eu sei, vou esquecer  do seu olhar!
Vou tentar buscá-lo na minha memória e lá você vai se perder!

Um dia, toda lembrança não será saudade...
E toda saudade não terá você presente!
Um dia, não vou me lembrar daquela verdade...
Prefiro esquecê-la completamente!

Um dia, daqui a cinco, dez, quinze anos...
Vou olhar para trás e sentir que você foi um vento
Que soprou em mim e foi embora com o tempo!
Vou  me sentir assim: vazia, estranha, sei lá!

Sei que uma lágrima vai rolar
E eu vou me perguntar:
“__ Será que vale à pena chorar?”
Vou secar as lágrimas e levantar:

Pra viver, trabalhar, viajar e amar!
Não compensa chorar, soluçar, se acabar!
Pois só tenho uma vida nesta vida.
E é nela que eu vou me amar!

Nem que pra isso eu tenha que
Aprender a me olhar!
Me cuidar, me curtir, me enfrentar!

E eu vou tentar:
Não sofrer, não gritar, não chorar!
Simplesmente, entender, aceitar e buscar!

Ser feliz, me amar, me querer!
Eu vou me aceitar!


PS: quando eu escrevo poema não me limito a regras nem a métricas, logo, desconsiderem o que contraria a gramática. rsrs
Gosto da liberdade de expressão e do livre fluir da imaginação, por isso, deixe-me conduzir pelo coração e não pela razão.




quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Nova era by Josimara Neves

























Mergulhei no infinito azul de seu olhar
Na intenção de que lá e, somente lá,
A gente pudesse se encontrar!

Queria mergulhar fundo
Penetrar no seu mundo
Ser uma estrela de sua constelação
Roubar o seu coração!

Desejaria entrar na sua imaginação
Fazer gracinhas para você sorrir!
Queria criar uma barreira de proteção
Só para lhe impedir de partir!

Desejaria beber de sua alegria
Dar-lhe um pouco de minha magia!
Rolar de um lado para o outro
Sentir-me enquanto eu lhe sinto!

 Aspirar a sua fragrância entorpecente
 Deixar-me envolver completamente!
 Tocar-lhe de um jeito que só eu sei...
 Saber que um dia eu o encantei!

Mas o tempo voou,
o fogo apagou!
Eu já me fui
Você se já era
E agora?
Uma nova era!