quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Aprendendo a dialogar com o silêncio




A fala de um monólogo dialogado com o silêncio
Josimara Neves




http://www.guesswhichmovie.com/gimage/4bdb355cc2b999035b845b24b104ee27.jpg 

Não sei o que é mais difícil:
O silêncio   que grita
Ou o grito que silenciou...
A voz cansada
Ou a força que se acabou!

Não sei se é mais difícil gritar para fora,
para todo mundo ouvir...
Ou berrar por dentro
Em forma de um grito de sequestro, isento!

Não sei se é mais difícil dizer palavras repetidas
Ou se repetir palavras que não fazem mais sentido em dizê-las!
Falar com a intenção de ser ouvida
Ou ouvir com a intenção de não falar!

Falar para se declarar
Ou se entregar sem ao menos, falar!
Dizer por dizer
Ou não dizer para dizer!

Palavras e falas...
Mistérios e revelações...
Silêncio e algemas...

Segredos e emoções...


Tudo isso dentro de um só coração!
O coração que não fala, não bate!
O coração que não bate, apanha!
O coração que sofre, aprende a falar no silêncio!


Ps: Ouvimos tantas coisas ao mesmo tempo, somos bombardeados pela poluição auditiva...
Ouvimos gritos sem desejarmos...Barulhos ensurdecedores...
Palavras ásperas e ofensivas...Desaforos!!!
Mas, raramente, ouvimos o nosso coração!
Aproveite que  leu este poema e permita-se ouvi-lo. 
O que será que o seu coração precisa lhe dizer neste momento?
Ouça-o e dê importância ao que diz!!! Muitas vezes, as palavras que esperamos ouvir da boca dos outros estão sendo silenciadas dentro de nós mesmos!!! Pense nisso!

sábado, 3 de agosto de 2013

Início e fim: dois lados da mesma moeda!


Pensando sobre os "meios" em que os  "fins" se "iniciam"
Josimara Neves



Às vezes eu acho que todo bom início deveria começar pelo fim. Mas daí eu fico imaginando que seria como voltar ao invés de caminhar para frente. Nem sei o porquê de eu ter pensado nisso, não sei se porque o fim é tão previsivelmente imprevisível que demora tanto para chegar...
Não sei se porque acabamos vivendo a vida condicionados a ter que chegar a algum lugar, a alcançar uma meta, a atingir um objetivo...
Não sei se porque o fim é uma forma de desfecho muitas vezes sentido como uma perda com dor de “morte.”
Não sei se porque o fim é como ímã que nos puxa sem que tenhamos força para resistir!
Não sei se porque o fim é uma forma que a vida nos dá para podermos respirar até que um novo caminho, um novo sonho, uma nova fantasia tome conta novamente de nossos trajetos.
Não sei se porque o fim embora temido, é tão esperado!
Não sei... Não sei... Não sei!
Não sei se o início fosse o fim, o fim seria o início!
O que sei é que todo mau começo, já é uma espécie de fim!
E que o que começa bem pode ser um presságio! Mas não uma profecia!
Viver é desvendar mistérios, aprender a decifrar enigmas, a construir códigos, a se prender em valores e em crenças...
Viver é andar em cima da corda bamba e aprender a arte de ser equilibrista...
Viver é aprender a remar nem que seja diante de uma tempestade em alto mar...
Viver é ter que aprender a voar mesmo não tendo asas....
Viver é se lançar ao mundo sem saber o que irá encontrar...
Viver é uma viagem inconstante: cheia de curvas, obstáculos, desvios e incidentes que nos obrigam a ter o controle da direção!
Viver é se deparar com escolhas que nos obrigam a tomar decisões! Podemos ser: leves ou pesados, vitoriosos ou fracassados, felizes ou infelizes, fortes ou fracos, vilões ou vítimas. Tudo dependerá de como reagiremos quando os problemas persistirem e forem chegando - um a um - ao ponto em que não saberemos por onde começar: enfrentar ou fugir?
É, engana-se quem pensa que “tira a vida de letra!”
A vida é um começo que se desenrola até chegar a um fim não no sentido de término, mas de encerramento de: uma fase, uma etapa, um ciclo, um momento, etc.
Ninguém disse que seria fácil, mas também não disse que seria impossível.
Quer saber? Quem vive pensando no fim acaba o antecipando, o segredo consiste em viver como se tudo fosse o fim, como se não houvesse amanhã, como se o que nos restasse fosse unicamente o momento presente, que é onde acontece o espetáculo da nossa vida em tempo real: ao vivo e em cores!
                                                                                   

                                                     Fonte: magodamtarot.blogspot.com

Domingo reflexivo: " o todo é maior do que a soma das partes"


Os sete sábios cegos e um elefante

Fonte:  diplomaticaetipologia.blogspot.com

Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos.
Como seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam.

Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre o qual seria o mais sábio.

Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:

- Somos cegos para que possamos ouvir e compreender melhor do que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição. Não agüento mais! Vou-me embora.

No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.

O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:

- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar os seus músculos e eles não se movem; parecem paredes...

- Que bobagem! - disse o segundo sábio, tocando na presa do elefante.

- Este animal é pontudo como uma lança, uma arma de guerra...

- Ambos se enganam - retrucou o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia...

- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia as orelhas do elefante.

- Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante...

- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante.

- Este animal é como uma rocha com uma cordinha presa no corpo. Posso até me pendurar nele.

E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.

Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:

- Assim os homens se comportam diante da verdade.

Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo, e continuam tolos...!