terça-feira, 16 de setembro de 2014

Castelo, segurança e vendaval!
Josimara Neves




Pela primeira vez, eu sinto que estou construindo um castelo de cimento e tijolo.

Agora, o vento já não me assusta mais. Pode ventar, estou preparada para o vendaval!

******************************************************

Hoje eu sei que os castelos, por mais belos que sejam, só se sustentam quando construídos com bases sólidas e seguras. Muitas pessoas pensam que tais bases constituem a "racionalização" e, com isso, ao invés de construírem "castelos", cercam-se de paredes sem expressão, de gaiolas que limitam o voo da imaginação, de "prisões" que enclausuram sentimentos e emoções. 

Enganam-se àqueles que, para manter o controle da vida, se utilizam da rigidez e da "inflexibilidade" diante dos sonhos e das fantasias. Esses, jamais saberão como é habitar no Castelo Interior, no Bosque do Encantamento, no Paraíso dos Sonhos, no Oásis misterioso - em meio ao Deserto da Insensibilidade Humana.

Sem os meus castelos, eu não teria aprendido a "castelar."
Eu não saberia o que é sonhar...
Eu não conheceria o amor...
Eu não vislumbraria de tanta magia...
Eu não teria tirado os meus pés do chão!

Hoje, a maturidade virou "argamassa" para o meu coração. Já não sinto mais necessidade de construir "castelos de areia" que pairam sobre o ar, sem base e sem fundamento.

Os meus castelos, agora, são tão firmes e reais. A vida ganhou uma dimensão de segurança e firmeza, tal como as árvores se sentem, ancoradas por suas raízes.

O vento, suave ou tempestivo, vem me "ventar!"
E eu, dentro do meu "castelo de areia", "ventilo", "ventaneio!"
Juntos: o vento, o castelo de areia e eu, ventamos!

No sopro do vento eu ouço, dentro de mim, um assovio da alma!
No toque do vento, uma cosquinha que faz sorrir a "alma" do meu coração!

E tudo isso porque eu insisto em levar , comigo, os meus castelos!



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Uma nova forma de amar
Josimara Neves

A vida ensina mesmo, afinal, sempre pensei que a gente só pegava do outro: catapora, sarampo, gripe, virose. 

Hoje eu vi que estava enganada, pois você - meu amor - me fez perceber que "bobice" também pega, pois ao olhar no seu rosto quando me olha, eu me vejo refletida nele com todas as bobeiras e bobagens que existem em mim. Não sei quem é mais bobo: você ou eu. 

Na verdade, acabo de crer: amar é uma equação matemática onde dois bobos elevados à potência máxima, resulta em uma felicidade infinita, com dízimas periódicas de risadas escandalosas que, quando não controladas podem causar câimbras faciais.

Obrigada, meu amor, por me fazer perceber que amar nada mais é do que gostar da bobice do outro a ponto de que, sem ela, a vida passa a ficar sem graça. As nossas bobices juntas são mais engraçadas do que separadas...